quinta-feira, junho 25, 2009

Quem quer ser um milionário?


Até uns meses atrás, quando eu pensava em cinema indiano, pensava só no Night Shyamalan. Agora é a vez do Danny Boyle. Tiro o chapéu para o seu Slumdog Millionaire (Quem Quer Ser Um Milionário?). Que coragem, sinceridade e obstinação tem o pequeno Jamal. Que infância sofrida, doída. Doeu em mim. Nossa, estamos tão acostumados a voltar o nosso olhar para a infância como um lugar confortável. Parece que todas as pessoas viveram uma infância feliz e, dificilmente, ouvimos as pessoas falarem das dificuldades de ser criança: as indecisões, os medos, as angústias, anseios... traumas. Tratamos a nossa infância como o lugar em que só havia espaço para o lúdico, vamos combinar... Sem hipocrisia, violência é estúpida em qualquer lugar, seja ela no Brasil ou na Índia, mas não posso negar que a injustiça... ah, é impossível não ser tocado por ela.
Outra coisa que pega é a memória. A maior parte do filme trata da memória, mas a que precisa não só lembrar, mas também, esquecer para seguir em frente. E esquecimentos e ressentimentos não apenas são constitutivos da memória, como também necessários para que possamos seguir vivendo. Afinal de contas, marcas e histórias tristes, todos nós as temos... só divagando, gente....

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